600 moradores de Agudo seguem ilhados; há expectativa de sobrevoo no local quando houver condições climáticas

Em Agudo, o número de 600 moradores ilhados na região norte do município se mantém. Além disso, o único contato da cidade é por meio de uma conexão de internet disponibilizada por um morador. O bombeiro voluntário Fabiano Nascimento conversou ao vivo durante a programação da Rádio CDN (93.5 FM) e detalhou as ações realizadas até esta sexta-feira (3). Conforme explicado, a gestante foi resgatada e levada a outro local, mas ainda precisa de auxílio médico. 

Segundo ele, houve um aumento de voluntários para atender as ações por conta do avanço rápido das águas do Rio Jacuí. 

– Temos 20 voluntários que atuam em três escalas, tipos de plantões diferentes. Nessa situação de calamidade tem a comunidade em geral que também está nos ajudando. Estamos desde segunda à noite em alerta acompanhando os níveis de toda a bacia do Rio Jacuí. Atendemos já inúmeras ocorrências, tanto nos destelhamentos com entrega de lona, deslizamentos de terra com a procura de vítimas e resgates aquáticos. Tivemos que socorrer pessoas que ficaram ilhadas quando se deslocaram de suas casas para outras localidades, achando que estavam em segurança. Quando as águas subiram foi de forma muito rápida. Apesar de todas as previsões, não imaginávamos que seria assim. 

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Os primeiros trabalhos foram realizados nas regiões próximas ao rio. Até o momento, não havia contato com a região norte do município. A expectativa é de que por meio aéreo consigam contato com as pessoas ilhadas:

– Nós iniciamos o trabalho na segunda e na terça na parte oeste do município, contornada pelo Rio Jacuí. No momento que há uma cheia e um aumento do rio, o primeiro ponto é na localidade de Várzea do Agudo. Nós concentramos os esforços ali no primeiro momento. E quando as águas foram avançando, outras áreas do município foram atingidas, principalmente na parte Sul, como Cerro Chato, Porto Alves e Rincão do Pinhal. Nós também concentramos as ações nessas regiões e já conseguimos retirar todas as pessoas que estavam em situação de risco. Depois desses resgates, nos voltamos para a parte norte do município, porque até então não tínhamos acesso àquela região. Estamos aguardando aeronaves para ter acesso a essa parte. Neste momento temos duas equipes fazendo uma incursão terrestre e aquática, vão por terra até onde a estrada permite e depois fazem o acesso por água. A nossa urgência é conseguir aeronaves para traçar novas estratégias. 

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Na quinta havia a expectativa para um sobrevoo pela região. O desejo era que fosse de três horas de duração, mas os responsáveis explicaram que só havia a possibilidade de 30 minutos a uma hora de voo, o que também não foi possível pelas condições climáticas. Não há água potável no município: 

– O clima deu uma melhorada neste momento, não temos chuva e há um avanço de uma frente fria, o que pode ser positivo para parar a chuva. Na quinta ainda durante à tarde, tivemos duas equipes como a desta sexta, que fizeram a incursão terrestre e aquáticas. Uma das equipes conseguiu chegar até a gestante que estava ilhada e levá-la para um local mais seguro. Não temos uma comunicação suficiente, a parte norte está sem energia. Estamos aguardando uma aeronave para chegar até este local em que ela foi levada e confirmar que ela está em segurança. Só temos acesso por internet por conta da distribuição da rede de um morador. Toda equipe de segurança e saúde vem até este local para buscar e enviar informação.